Balanço

O cenário econômico global em maio de 2025 traz desdobramentos importantes para a política monetária brasileira, com anúncio de mais um aumento na taxa básica de juros. O aumento de 0,5 pontos percentuais veio acompanhado de um comunicado mais suave, apontando que o ciclo de alta está próximo do fim. O nível já restritivo da taxa, acompanhado do receio de recessão global, devem levar as expectativas de juros e inflação a uma trajetória decrescente. Os agentes econômicos passaram a projetar uma taxa de juros de 14,75% ao final de 2025.

No cenário internacional, o temor de recessão e inflação tem sido o assunto mais relevante após a imposição de tarifas expressivas por parte dos Estados Unidos. Isso levou a quedas nos preços de commodities como petróleo e minério, possivelmente favorecendo o controle inflacionário no Brasil.

Análise

A taxa de juros no Brasil deve subir ainda mais uma vez e se manter em patamar elevado por mais tempo. Espera-se ainda que a taxa chegue ao nível de 15% a.a., nível que exigiria um aumento adicional de 0,25 pontos percentuais. Novas informações dos índices de preços podem alterar a taxa terminal e como o Banco Central deve reagir. A situação internacional pode pressionar o nível de preços no Brasil, facilitando o controle da inflação.

Situação dos mercados

O mercado de renda fixa brasileiro segue oferecendo oportunidades atrativas, tanto pré-fixado quanto pós-fixado. A renda variável no Brasil apresentou valorização expressiva, e se encontra em compasso de espera, de modo que novos movimentos de juros futuros podem levar a uma nova etapa de valorização na bolsa. Para fundos de pensão, a possibilidade de comprar títulos longos a taxas atrativas é uma boa oportunidade.

Glossário

FED – Banco central dos EUA

COPOM – Comitê de Política Monetária: órgão do Banco Central responsável pela definição das taxas de juros

Fonte: https://bbprevidencia.com.br/blogbbp/boletim-economico/boletim-economico-maio-2025