Balanço

O mês de julho se iniciou com recuperação nos mercados de ações e de títulos públicos. Ao longo do mês, contudo, houve mudança nas perspectivas das eleições americanas e da queda futura da inflação, criando dúvidas sobre o controle do nível de preços. As expectativas dos agentes econômicos sobre juros ficaram divididas, com integrantes do mercado inclusive esperando novos aumentos na taxa Selic por parte do Banco Central.

Análise

A política monetária segue em patamar contracionista. O governo federal propôs congelamento de gastos, o que foi bem visto pelo mercado, contudo ainda há muita incerteza sobre a disposição do governo para manter sua meta fiscal. Por outro lado, a reação do Banco Central ao nível mais elevado de inflação observado nos últimos meses também é alvo de incertezas. Além disso, o processo de redução de juros nos EUA deve favorecer o combate à inflação no Brasil, valorizando o real e, posteriormente, permitindo novos cortes de juros pelo COPOM. De qualquer forma, o prazo em que os cortes se iniciarão segue incerto.

Para os próximos meses, podemos esperar movimentos nos preços de ativos reagindo principalmente aos tópicos que geram incerteza, somando-se aos tópicos citados as corridas eleitorais americanas e municipais brasileiras. Todos movimentos devem ser movidos por dados, mudanças nas expectativas e comunicações oficiais provocando mudanças na confiança dos investidores.

Situação dos mercados

Considerando o cenário, é necessário um acompanhamento cuidadoso das taxas de juros nacionais, que estão em um patamar atrativo e acima da meta atuarial e dos índices de referência dos planos administrados, proporcionando boas oportunidades de compra. Além disso, a renda variável nacional e no exterior também apresentam grandes oportunidades em momentos de redução de juros, apesar do risco de tais ativos.

Fonte: https://bbprevidencia.com.br/pensefuturo/boletim-economico/boletim-economico-agosto-2024